Os mais supersticiosos costumam dizer que as sextas feiras 13 são de azar...
A noite de quinta para a tal sexta feira não foi grande coisa, realmente, e eu só ficaria descansada quando tivesse diante dos meus olhos a outra parte da minha vida... aqueles que ao primeiro tropeçar também estão lá para me ajudar a levantar... aqueles que, estando longe, sei que dariam tudo para estar perto, sempre por perto...
O meu irmão L., a T. e o meu pequeno Dy, menino das alianças, chegariam de manhã. O N. ficou de os ir buscar e eu tinha combinado com o L. que me enviasse uma mensagem logo que estivessem dentro do avião. Pus o despertador para as 5h30 para o caso de não ouvir o toque da mensagem. Só dizia que o avião estava atrasado 1 hora. Bah! Relaxa C, nada pode correr mal... pensava eu.
Às 9h30 eu tinha que estar na esteticista para tratar de mim. Entre depilação, tratamento de pés e mãos, passaram mais de 3 horitas e o resultado foi excelente... tive direito a massagem de relaxamento "eletrónica" enquanto um dos meus pés estava mergulhado na água e o outro a ser tratado... :) ...
Certo é que ao meio dia em ponto surge o meu 1º alívio. O N. passou com o meu irmão e a respetiva família na esteticista (tal como eu tinha pedido), :) e aí fiquei muito mais tranquila. Já só faltava o P., a S. e o pequenino Di.. A chegada deles estava prevista para as 21h20. E chegaram a tempo e horas. Ufa!
Ao final do dia, que depressa se fez noite, e enquanto chovia, eu e o N. fomos à florista buscar os arranjos: a minha jarra com tulipas para colocar no quarto estava simples, mas ficou brutal com um toque especial da nora da patroa da minha mãe; os centros para as mesas de aperitivos, com as lindíssimas gilbérias e os arranjos do cemitério. Ainda passamos na casa dos meus pais para deixar alguns arranjos fomos de seguida aos 3 cemitérios... Sem dúvida o momento mais difícil de todos. O que mais me tocou e que me fez chorar sem conseguir travar uma única lágrima foi ao olhar para a foto do meu tio J. O cemitério, apesar de carregado de muitas cores e flores, não deixa de ser um lugar com um ambiente carregado de tristeza e saudade. Conseguimos estar tão perto e ao mesmo tempo tão longe daqueles que "repousam" lá... Cada vez que entro na casa da minha tia tento quase sempre desviar o olhar da mesma imagem que se cruza logo no hall de entrada... que saudades senti... do que vivemos e do muito que não nos deram tempo para viver...
Ainda passei na casa da minha avó paterna para deixar os sapatinhos da minha princesinha M., que ia entrar na Igreja com o Dy e o T.. Sem jantar, e com o relógio a girar como uma roleta, passei na Igreja para ver o início do trabalho da florista. Confesso que estava ansiosa e ao mesmo tempo com receio de que a decoração não ficasse especialmente bonita... mas à primeira vista pareceu-me que ia ficar impecável.
De regresso a casa, e depois de ter esperado pela decoradora mais de meia hora, e com um tempo tão horrível que parecia que se prolongaria para o dia seguinte, estivemos a decorar as mesas dos aperitivos e a dar os últimos retoques no quarto que a minha mana tinha preparado para a sessão fotográfica.
Estávamos no quarto quando chegaram os meus amores, o mano P., a S. e o meu afilhado/sobrinho, Di. Estiveram lá pouco tempo porque também tinham que descansar para o dia seguinte.
O meu mano L. ficou na casa dos meus pais e à 1:00h ainda estava toda a gente a pé e os aperitivos nem vê-los... O stress já se estava a apoderar de mim e quando o L. perguntou o que eu tinha, a lágrima saltou cá para fora... passou rápido... ele disse para não ficar assim e para ir descansar que a minha mãe tinha tudo controlado... Dormi bem, muito bem... com a minha mana e o Dy que tinha pedido à mamã se podia dormir com a tia "có" (eu)...
P.S.: Estou com muito pouco tempo... perdoem-me minhas amigas pela demora na publicação dos meus textos... :)