Há 5 anos aconteceu muita coisa na minha vida... e faz hoje precisamente 5 anos que o meu tio J. partiu deste mundo tão ingrato! Aos 43 anos, com a mesma idade que o meu pai também tinha na altura, com esposa e dois filhos menores, a vida deu-nos este profundo desgosto! Alguém consegue explicar a razão de se tirar a vida a uma pessoa tão extraordinária como o meu tio!? Não! Não há explicação possível! Mas que gera uma revolta muito grande, ai isso gera!
Foi a 17 de dezembro de 2006 que tudo começou. Aquilo que nas urgências chamaram de sintomas de gripe passou para febres altas, que passaram a delírios anormais... daí até ao coma induzido passaram cerca de 48 a 72 horas! Nunca mais abriu os olhos... uma endocardite com falência de órgãos foi a causa desta partida... o desespero que todos sentimos num Natal que não era Natal, numa passagem de ano que teimava em não terminar com uma boa notícia... duro, duro, muito duro! Não bastava já o meu irmão estar com um grave problema de saúde, que gerou suspeitas de ter que realizar um transplante de rim e arcar com todas as consequências que daí adviessem, como a hemodiálise, ainda tínhamos mais esta incerteza do que 2007 nos reservava!
Após ter sido submetido a uma segunda operação para substituir mais uma das válvulas da máquina cardíaca, o meu querido tio não resistiu! Às 6:00 horas do dia 26 de janeiro, recebemos pela boca do meu primo Z.A., aquilo que ele já sabia desde as 22:00 horas do dia anterior, mas que não teve coragem de nos enfrentar e despejar a raiva que também sentia.
O veneno da endocardite espalhou-se pelos restantes órgãos e a probabilidade de sobrevivência ficou reduzida a zero!
O sol deixou de brilhar nas nossas vidas por muito tempo...
Hoje sinto muitas saudades, pois há coisas feitas e ditas por ele, chamem-lhe coincidências ou não, que marcaram, e muito!
Mais logo conto!
Até sempre tio!
Até sempre tio!
Recuei àquela esplanada em Grândola, quando me contaste tudo isto! Infelizmente conheço bem essa sensação de perda, de raiva, de procurar explicação para o inexplicável. Mando-te assim um abraço graaaaande, muito forte, e um beijinho que te dê algum conforto... porque em dias assim acho que é mesmo só isso que precisamos!
ResponderEliminarA frase genérica, a desculpa para justificar tudo isto, que não é desculpa nenhuma: "é a vida!"
ResponderEliminarMas que diabo de vida é esta, que teima em levar aqueles que mais amamos!?
Vamo-nos aguentando e vivendo um dia de cada vez, na esperança de termos direito a uma morte serena, sem muito sofrimento físico, mas daqui a uns bons e longos anos.
Obrigada pelo teu carinho, amiga!
Um beijo muito grande. :)
É brutal o misto de sensações. Revolta, raiva, porquê???
ResponderEliminarSenti-me assim quando numa manhã de Maio 2010 recebo o telefonema da minha Mãe a dizer que a minha Tia Celeste tinha morrido. Hã? A tia que eu mais admirava, pela sua força, pela sua frontalidade, deixou o meu tio, os 3 filhos assim, de um derrame muito forte e irreversível, aos 53anos. De uma noite para a manhã, de um dia para o outro.
Ainda vejo o meu tio, de carro, sozinho, e ainda me arrepio quando o vejo de olhos no chão. Ele ainda não vai ao cemitério. Não aguenta.
De certo que existem mortes que não deviam acontecer, não naquela idade, não assim.
Um beijinho C.
É mais a idade de quem parte que faz causar um choque tremendo, porque não estamos a contar que essa pessoa "desapareça" tão cedo!
ResponderEliminarÉ muito complicado lidar com a morte, mesmo!
Obrigada S.
Beijinho!
PS: As melhoras ao E. :)